sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Desenvolvimento de habilidades socioemocionais é tão importante quanto ensino tradicional


Bruna Ribeiro
BRUNA RIBEIRO  é jornalista e especialista em Direito Internacional. Trabalhou em Veja São Paulo, no Estadão e no Jornal da Tarde. Escreve para o projeto Chega de Trabalho Infantil.
Direitos da criança e do adolescente

Na hora de escolher uma escola para os filhos, não é incomum encontrar pais preocupados com a colocação da instituição no ranking do Enem, assim como o desempenho nas tradicionais disciplinas, como português e matemática. Mas quem pensa na educação de forma mais ampla já ressalta a importância do desenvolvimento de habilidades socioemocionais entre as crianças.
Em constante transformação, o mundo de novas tecnologias levantou um debate a respeito das habilidades para o século XXI. A educação para a vida leva em conta o desenvolvimento integral das pessoas, pelos domínios cognitivo, intrapessoal e interpessoal. Saber se expressar, se relacionar, tomar decisões e ter autocontrole e empatia são inteligências prioritárias em um mundo que disponibiliza informação em apenas um clique.
O Programa Semente, criado pelos educadores Celso Lopes de Souza e Eduardo Calbucci, propõe às escolas um espaço para esse exercício. Elas recebem um livro com diversas atividades, utilizado em sala de aula pelo professor e pelos alunos. Após passarem pela formação do programa, educadores apresentam aulas semanais ou quinzenais, onde é incentivado o debate.
O projeto também investiu em uma plataforma digital e também pesquisa novas tecnologias, como gamificação, realidade virtual e aumentada. A convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas já está mudando a nossa forma de viver, inclusive propondo novas profissões.
Se muitos das futuras profissões de nossas crianças e adolescentes sequer ainda existem, como não mudar a forma de ensinar e aprender? Se características como criatividade e pensamento crítico vão pesar tanto quanto as competências técnicas, fica um alerta: é preciso rever a educação, dentro das expectativas do século XXI.

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