segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Cometário do cometário

O Estado de São paulo já fez essa tentativa no começo da década de 80, transformou as escolas na época de 2º Grau (Ensino Médio) em profissionalizantes, não funcionou. 

Faltou professores das áreas técnicas,  a maioria dos alunos optou por escolas onde tinha cursos mais fáceis de passar (a velha cultura que importa é passar de série) cursos de humanas que tinham menos aulas de exatas, semelhante ao que acontece no vestibular. 

O Brasil precisa urgentemente parar de olhar para trás, ser criativo e buscar um ineditismo que espelhe a realidade do País. 

Estamos muito atrasados na área de educação (para os Otimistas 16 anos, para os Realistas 60 anos), não dá para copiar métodos e achar que vamos recuperar o tempo perdido. É a velha historia do cachorro que fica correndo em círculos tentando pegar o rabo.

Não adianta formamos um monte de técnicos, se não vai ter empregos para eles, porque a tecnologia acabou com o emprego. 

O Brasil com o olhar míope e olhando para trás, dificilmente vai achar o caminho. 



Educação Profissional é um dos caminhos para diversificar o Ensino Médio

Proposta de reformulação da etapa deve dialogar diretamente com o PNE e garantir 50% da expansão do ensino profissionalizante no segmento público


Pricilla Kesley/TPE
Muito se falou sobre a última etapa da nossa Educação Básica nas últimas semanas. A Medida Provisória que estabelece mudanças no Ensino Médio está sendo alvo de críticas e intenso debate na mídia e na sociedade. Entre as diversas alterações determinadas no texto – que agora está em discussão na Câmara dos Deputados –, está a possibilidade de que o aluno escolha focar a sua formação numa área profissionalizante, na qual poderia ter aulas também com profissionais de notório saber. Assim, no lugar de cursar as 13 disciplinas presentes hoje na grade curricular da 1ª à 3ª série do Ensino Médio, o aluno poderia optar, no meio da etapa, por assistir às aulas do seu interesse tendo como opção cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico/profissional.
É preciso lembrar que a proposta de reformulação da etapa deve dialogar diretamente com o Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014. Entre as 20 metas educacionais já definidas para a década, uma delas trata exatamente da Educação Profissional. De acordo com a meta 11, o Brasil tem até 2024 para triplicar as matrículas nessa modalidade de ensino, tendo como número-base o total de alunos matriculados no ano da aprovação do plano. Mas, segundo o PNE, não basta aumentar esse total: pelo menos 50% dessa expansão deve ocorrer no segmento público, com a qualidade da oferta assegurada.
No entanto, em 2014 (ano mais recente para o qual há dados disponíveis), o aumento de matrículas de Educação Profissional ocorreu majoritariamente na rede privada: 88,3%, contra 11,7% de novos alunos na rede pública. Nesse mesmo ano, o total de matrículas na Educação Profissional estava distribuído de forma equilibrada entre as redes pública e privada de ensino, sendo que a última registrou uma porcentagem maior (54,9%) do que a primeira (45,1%). O Brasil tinha, em 2014, 1,74 milhão de alunos na modalidade.
Desigualdades 
Vale destacar também as grandes diferenças regionais que o Brasil apresenta na expansão da rede pública profissionalizante. A maior proporção de aumento de matrículas na rede pública tem ocorrido no Norte e Nordeste do País: 10,3% e 19,7%, respectivamente. Os estados que mais se destacaram foram o Piauí, com 95,1%, e o Maranhão, com 72% de novas matrículas na rede pública. Além disso, entre 2013 e 2014, oito unidades federativas não registraram aumento de estudantes.
Entre as regiões com a maior quantidade de matrículas na Educação Profissional, estão o Sudeste e novamente o Nordeste, com, respectivamente, 48,1% e 24,6% do total do País. Entre as unidades federativas, as maiores redes de Educação Profissional em 2014 eram São Paulo, com 25,6% do total de matrículas, seguida por Minas Gerais, com 10,3%, e o Rio de Janeiro, que tinha 9,4% das matrículas brasileiras.

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