FLÁVIA YURI OSHIMA
18/02/2016 - 08h02 - Atualizado 18/02/2016 11h36
Estima-se que cerca de 20 milhões de brasileiros sejamsuperdotados. Para o governo, no entanto, eles não chegam a 14 mil pessoas. Professores, em geral, são incapazes de identificar e acolher crianças com altas habilidades, o nome técnico dado às superdotação. Por isso, os superdotados costumam ser rotulados como alunos problemáticos. Escolas sem recursos para responder às demandas desses talentos culpam as próprias crianças por desinteresse e transferem o problema para a família. Médicos e psicólogos sem traquejo para diferenciar crianças com transtornos de crianças com talentos acima da média prescrevem medicamentos e acompanhamento especializado – como se a superdotação fosse um caso de diagnóstico, e não de reconhecimento. A falta de informação generalizada alimenta preconceitos e estereótipos que estigmatizam e segregam crianças talentosas, que acabam expostas a problemas perenes de identidade, autoaceitação e autoestima.
“Não é fácil ser superdotado. Eles são muito discriminados”, diz a professora aposentada Angela Dias Ferreira. Angela é mãe de Giovanni Eldasi, pedagogo e superdotado, cuja história está na reportagem de capa da edição impressa de ÉPOCA, O Brasil desperdiça seus talentos. O vídeo foi feito durante a reportagem na cidade de Campanha, em Minas Gerais. Nele, pais de superdotados falam do tratamento que suas crianças sofrem por serem muito inteligentes.
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