quarta-feira, 31 de agosto de 2016

"Há dezenas de ações adotadas por municípios e estados e não sabemos o que melhorou ou não"


31/08/2016 ­ 05:00

Sistemas de avaliação seguem incompletos

Por Salete Silva

Ricardo Paes de Barros, do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper:

"É necessário instrumento que permita isolar a contribuição de cada programa" 

Manter as ações com bons resultados e excluir as que não deram certo permite dar melhor rumo às políticas educacionais.

Corrigir problemas de percurso e aperfeiçoar as iniciativas que estão sendo desenvolvidas pode significar, segundo especialistas, além de maior eficiência nos programas, redução de custo. Mas os sistemas de avaliação disponíveis ainda não contam com métodos capazes de avaliar todos os fatores envolvidos na educação.

"É necessário instrumento que permita isolar a contribuição de cada programa", explica o economista­chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper, Ricardo Paes de Barros. É um risco, ele aponta, investir R$ 300 bilhões em educação, equivalentes a 5% do Produto Interno Bruto (PIB), sem conseguir medir qual é a contribuição de cada medida tomada.

O Brasil desenvolveu nas últimas décadas indicadores de desempenho escolar dos alunos, como o Prova Brasil, que avalia o nível da escola, e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), indicador da qualidade dos sistemas educacionais nos Estados, regiões e também no país.

Embora tenham, segundo Barros, colocado o Brasil na liderança em avaliação da aprendizagem de alunos, esses instrumentos não permitem saber de forma ampla se as iniciativas adotadas tiveram os resultados desejados e se os efeitos podem ser atribuídos à intervenção do programa.

Uma das consequências da ausência de avaliação capaz de medir cada ação, ele avalia, é a insegurança dos gestores em relação ao rumo dos programas. O gestor de qualquer área, ele compara, entraria em pânico se não soubesse a contribuição e o efeito das ações num investimento que envolvesse bilhões.

A característica assistencialista das iniciativas de educação, observa, relativiza a importância das avaliações. A ideia comum em relação às políticas educacionais, diz, é que se as ações estão fazendo o bem, não precisa avaliar. Mas destinar 1% do total investido para saber qual é a função de cada iniciativa e realizar ajustes pode significar redução de custos.

"Talvez pouparíamos, 10% ou 20% de recursos para fazer a mesma coisa", estima.

A descontinuidade das políticas educacionais agrava a ausência de avaliações de impacto. Programas são descontinuados não apenas quando há mudança de partido no governo, mas também nos casos de substituição de gestor da mesma sigla partidária, salienta a superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária 

(Cenpec), Anna Helena Altenfelder.

Os indicadores de proficiência de alunos, diz Anna Helena, têm contribuído para mostrar a evolução da aprendizagem, mas não avaliam as políticas educacionais. "Se avançamos na proficiência temos de avançar em dados contextuais que valorizem profissionais e que forneçam informação sócio econômica", afirma.

Alguns editais específicos e alguns órgãos, segundo ela, de forma isolada realizam avaliações de impacto dos programas.

O Tribunal de Contas de São Paulo, ela cita, avaliou escolas integrais. O estudo revelou a falta de equidade no programa.

As instituições de ensino integral estão localizadas em regiões centrais onde se concentra a população de maior poder aquisitivo, que é a principal beneficiada pelo programa enquanto as de menor renda ficam de fora.

Além de maior quantidade de avaliações de impacto, é necessário que seus resultados sejam divulgados, tanto os aspectos positivos quanto os negativos que não podem soar como uma crítica de governo, mas de avaliação, diz.

Descontinuidade e falta de avaliação são desestimulantes para o gestor que assume o programa e precisa estabelecer uma linha de base para dar sequência ao trabalho, segundo a presidente executiva do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz. A carência de gestores com conhecimento de sistema de avaliação, ela aponta, e que reconheçam que avaliar é um instrumento de gestão também dificulta a criação de sistemas de avaliação de impacto.

Os sistemas desenvolvidos desde os anos 90 deveriam servir para avaliar a qualidade da educação oferecida no país, analisa a professora do programa de pós­ graduação em educação da Universidade Metodista de Piracicaba, Andreza Barbosa. Os modelos de avaliação disponíveis, diz, consideram basicamente o desempenho dos alunos.

As avaliações deveriam indicar também quão bem ­sucedidas estão sendo as políticas educacionais implementadas e possibilitar a correção dos rumos. Escolas e professores acabam sendo responsabilizados. "Quando o resultado é ruim não se questionam as políticas educacionais", afirma. 

O país, na sua opinião, não carece de avaliações. "As pessoas que estudam políticas educacionais costumam sustentar o oposto, ou seja, que temos muitas avaliações", contesta. O problema é não usar seus resultados para corrigir os rumos das políticas. Além da descontinuidade das políticas públicas, Angela Dannemann, superintendente da Fundação Itaú, aponta os altos custos como fator que tornam a prática da avaliação mais desafiadora no Brasil. Segundo ela, ausência de avaliações de impacto dificultam correções de rota realistas em projetos sociais ou políticas públicas. A avaliação, além da coleta sistemática de informação, garante consistência ao longo do tempo.

Conhecemos as notas, mas precisamos saber o que levou àquele resultado, analisa o coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes. Nos últimos anos, ele lembra, o Brasil avançou na inclusão de alunos. Entre 2001 e 2014, a taxa de jovens de 15 a 17 anos inseridos no ensino médio subiu de 41,2% para 61,4%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Falta, no entanto, sistema de avaliação de impacto para saber se a política educacional melhorou. "Há dezenas de ações adotadas por municípios e estados e não sabemos o que melhorou ou não", diz.

Programa de gestão escolar faz aluno ganhar um ano de ensino



Uma gestão escolar estruturada e centrada no aluno consegue fazer com que os estudantes aprendam mais.

O que parece óbvio foi agora mensurado. Quando há um programa organizado de direção, o incremento é de quase um ano de aprendizado em relação ao que é esperado no ensino médio.

A avaliação foi feita pelo economista Ricardo Paes de Barros, professor do Insper, e teve como foco o programa Jovem do Futuro, mantido pelo Instituto Unibanco. A metodologia usada pode ser considerada inovadora para a área de políticas educacionais.

A partir do interesse de escolas em entrarem no programa, o Instituto Unibanco separa, por sorteio, um grupo de colégios para receber a ajuda do Jovem do Futuro e outro para servir só como comparação (após três anos, elas também foram incorporadas).

Em parceria com secretarias estaduais de Educação, o Jovem do Futuro trabalha com planejamento, assessoria técnica e formação de diretores de escolas, dirigentes regionais e demais envolvidos na gestão e coordenação.
Entre as ações estão planos pedagógicos para melhorar os resultados recentes de desempenho dos alunos.

No fim de três anos, comparou-se a performance dos alunos em avaliações estaduais de larga escala —que usam a régua de proficiência do Saeb (Sistema Federal de Avaliação de Educação Básica).
Foram realizados 141 experimentos de comparação. Cada um deles reunia um grupo de escolas já no programa (chamado de "tratamento") e outro fora dele ("controle").

Nessas 141 comparações, o desempenho das escolas de "tratamento" foi superior às de "controle" em 92 dos casos na nota de português e em 95 na de matemática.
A probabilidade dessa frequência se repetir ao acaso é de 1 em 100 mil vezes, o que, segundo Paes de Barros, indica uma robustez incontestável dos resultados.

A comparação entre os dois grupos possibilita mensurar o impacto isolado do programa, sem contar as melhorias que a escola alcançaria por conta própria.
Os dados mostram ganho médio de cinco pontos na escala Saeb no 3º ano do ensino médio nas escolas beneficiadas.

Na média do país, os estudantes brasileiros aprendem em todo o ensino médio o equivalente a 18 pontos nessa escala. Assim, os cinco pontos de incremento garantidos pelo programa equivalem a 80% do que um aluno aprende durante um ano.

"Apenas quatro Estados brasileiros conseguiram, em dez anos, melhorar em cinco pontos a média no Saeb", afirma Paes de Barros, que também é economista-chefe do Instituto Ayrton Senna.

Os resultados jogam luz tanto sobre os resultados de uma política voltada à gestão escolar, área com pouca atenção no país, quanto sobre a urgência de uma presença maior de evidências sólidas na tomada de decisões políticas e pedagógicas no universo educacional.

Para Francisco Soares, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), os desafios educacionais são enormes e o país precisa usar os conhecimentos acumulados da melhor maneira. "É ótimo que a mesma sofisticação usada para verificar projetos em outras áreas esteja chegando à educação", diz.

Os dados do estudo serão apresentados no 2º seminário internacional Gestão Escolar, realizado pela Folha e pelo Instituto Unibanco nos dias 15 e 16 de setembro. Para se inscrever, acesse aqui

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Vestibular - Atualidades - A floresta perdida do Brasil

Por que as florestas com araucária e os campos naturais parecem estar fora do mapa da maioria das pessoas

CLÓVIS BORGES*

30/08/2016 - 13h10 - Atualizado 30/08/2016 15h55

Floresta com araucária em Turvo no Paraná (Foto: Zig Koch/Divulgação RPVS)
Floresta com araucária em Turvo, no Paraná (Foto: Zig Koch/Divulgação SPVS)

O sul meridional brasileiro encerra um rico ecossistema associado à Mata Atlântica que parece não estar no mapa da maioria das pessoas. De fato, a mata preta – ou floresta com araucária – e os campos naturais, tecnicamente identificados como Floresta Ombrófila Mista (FOM), seguramente não compartilham do reconhecimento e da popularidade de outras formações florestais como a Floresta Amazônica e a própria Floresta Atlântica, localizada na porção costeira do sul até o nordeste do país.
Não obstante, sua exploração tenha representado um importante ciclo econômico de extrativismo, com a exportação de madeira ao longo de décadas, e levando nas costas a economia do sul do país, a floresta com araucária, hoje constituída tão somente de fragmentos e extremamente ameaçada, continua sofrendo com a inconsistência das políticas conservacionistas de nosso país e do descontrole da gestão ambiental regional.
De beleza exuberante, essa formação natural também agrega, em algumas regiões do planalto sulino, uma conjunção de capões de mato com campos naturais. São paisagens naturais que representam um enorme potencial de exploração do turismo, uma das maneiras de buscar formas de garantir a conservação das áreas que ainda restaram em bom estado de conservação.
Adicionalmente, são conhecidos mecanismos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que podem se adequar à agenda de proteção de remanescentes naturais da floresta com araucária. Há amplo espaço para iniciativas públicas e privadas nessa direção, mas que dependem do reconhecimento do real valor de garantir a perpetuação desse ecossistema. E a ausência dessa percepção de parte da sociedade talvez explique o comportamento passivo que mantemos em relação às ameaças existentes sobre essa floresta tão especial.
No caso da Floresta Ombrófila Mista – com ocorrência nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo –, o sinal vermelho já foi anunciado há décadas, com o aniquilamento de grande parte de sua área de distribuição original.
Estudos da Universidade Federal do Paraná  (Fupef) e do Ministério do Meio Ambiente, publicados em 2001, mostram que menos de 0,8% dos remanescentes de floresta com araucária se encontrava em estágio avançado de conservação, uma terminologia que indica ambientes ainda muito bem conservados. E os campos naturais, ainda mais pressionados, com cerca de 0,1% que pode ser considerado ainda próximo de sua constituição original.
Todo cidadão com o mínimo bom-senso, independentemente da necessidade de quaisquer conhecimentos científicos, tende a inferir que, depois de tamanha destruição, a única atitude sã a ser tomada é de voltar um olhar protetivo a esses remanescentes, com uma expectativa de que esse resguardo, embora tardio, garanta oportunidades de restauração de áreas já degradadas no futuro.
Embora seja uma lógica irrefutável, a realidade nesse caso é outra. Essa floresta pouco conhecida dos brasileiros sofre com uma impensável inversão de valores que continua regrando as políticas regionais, pesadamente influenciadas por um encarnado perfil madeireiro que ainda sustentamos.
Mesmo representando um produto de importância econômica medíocre, continua a existir uma pressão para a continuidade da exploração de madeira de florestas nativas no sul do Brasil. O propositado afrouxamento da fiscalização e um direcionamento juridicamente falseado para indicar o corte das árvores desses remanescentes é a interpretação dada pelo governo estadual do Paraná e por elementos isolados da academia sobre a “única maneira de conservar esses ambientes”.
A judicialização de situações dessa natureza passou a ser praticamente a única possibilidade de enfrentamento disponível. Não há como se admitir que esse tipo de retórica continue possibilitando pressões sobre áreas naturais criticamente ameaçadas no território nacional.
A floresta com araucária não merece receber o nome de floresta perdida pelo fato de ser pouco conhecida. Mas cabe a expressão para delimitar claramente uma ardilosa e contínua manipulação de conceitos e procedimentos supostamente amparados pela ciência e pela legislação, para seguir com a deliberada e irresponsável destruição de um bem que, nessas condições, deixará de existir muito brevemente.
A atual gestão da conservação do Patrimônio Natural no governo do Paraná representa, inequivocamente, uma condição de descontrole sem precedentes. E a sociedade precisa mais do que nunca reagir ao conjunto de absurdos que seguem atropelando o bom-senso e o interesse público.
A floresta com araucária não pode ser destruída em função de uma alienação propositada, voltada ao atendimento de interesses politiqueiros. Os caminhos virtuosos para permitir um legado às gerações futuras estão a nossa disposição. Desde que saibamos enfrentar o peso de uma cultura do passado que já não tem mais nenhum espaço para conviver com a realidade atual.
* Clóvis Borges é diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS)

Segundo um relatório do Tribunal de Contas do Município do Rio, 43% das escolas municipais do 6º ao 9º ano são consideradas precárias em funcionamento.

TERÇA, 30/08/2016, 09:15

TCM diz que 43% das escolas municipais do 6º ao 9º ano têm condições precárias

Número se refere apenas a unidades visitadas pelo Programa de Visitas, desenvolvido pelo TCM, e foi obtido com exclusividade pela CBN. Vistorias foram feitas em 2015. Em um ano, prefeitura diminuiu em 54% a verba para manutenção.

Janelas das salas de aula do CIEP Doutor Joaquim Pimenta estão quebradas (Crédito: CBN)
Janelas das salas de aula do CIEP Doutor Joaquim Pimenta estão quebradas
Crédito: CBN

Por Arthur Neto
Segundo um relatório do Tribunal de Contas do Município do Rio, 43% das escolas municipais do 6º ao 9º ano são consideradas precárias em funcionamento. A avaliação é do Programa de Visitas, desenvolvido pelo TCM, e diz respeito a 2015. Foram analisadas 195 escolas, o que corresponde a aproximadamente metade das unidades desse segmento. Professores, alunos e pais responderam a um questionário sobre problemas encontrados nos colégios.
Além disso, o TCM identificou que os repasses do Sistema Descentralizado de Pagamento, feito pelo executivo municipal, diminuíram 54% em um ano. Essa é a principal fonte de renda das escolas e é utilizada para serviços de manutenção. Em 2013, a prefeitura do Rio distribuiu cerca de 36 mil reais, em média, para as escolas vistoriadas. No ano seguinte, esse número caiu para 16 mil reais.
Desde 2008, início do Programa de Visitas, o número de unidades consideradas precárias subiu 240%. Em Jacarepaguá, na Zona Oeste, por exemplo, os alunos sofrem com a ausência de uma quadra esportiva na Escola Municipal General João Mendonça Lima. A professora de educação física Andrea Carvalho conta que tem que improvisar um espaço para dar aulas.
"Para a educação física, a infraestrutura é péssima. A gente não tem quadra. A gente dá aula no corredor, no pátio... Toda hora a bola está em cima do telhado e a gente perde o material", reclama a educadora.
O problema se repete em 11% das unidades. Além disso, 38% das quadras existentes apresentam risco ou estão em estado precário de conservação. O inspetor-geral do TCM, Marcus Vinicius, afirmou que a diminuição de recursos prejudicou a manutenção estrutural das escolas.
"Nós tivemos uma diminuição considerável nos recursos que são passados para as escolas para manutenção. O que nos pareceu foi que essa diminuição dificultou a manutenção das unidades", analisa.
As principais reclamações estão relacionadas à ausência de torneiras e vasos, telhados quebrados, lâmpadas queimadas, infiltrações e fiações expostas. No CIEP Doutor Joaquim Pimenta, em Curicica, na Zona Oeste, fotos obtidas pela CBN mostram um cenário o teto de gesso e banheiros com buracos; janelas e ventiladores quebrados nas salas de aula; além de luminárias danificadas.
O relatório do TCM também aponta que 49% das unidades escolares tinham algum tipo de disciplina sem professor para lecionar. Matemática e português foram responsáveis por 28% dos tempos em que não houve aula. De acordo com o inspetor geral do TCM, Marcus Vinícius, a Secretaria Municipal de Educação informou que tem enfrentado dificuldades na aprovação de novos professores.
"Segundo a própria secretária, a dificuldade está na aprovação pelo concursos. Ou seja, ela faz o concurso, mas não consigo candidatos a altura das vagas", destaca o inspetor.
O TCM alerta ainda para problemas com ar-condicionado nas escolas. Apesar de pouco mais da metade estar climatizada, 61 colégios estavam com os aparelhos de ar guardados porque não haviam finalizado a parte elétrica.
Também foram levantadas questões relacionadas à utilização ineficiente dos laboratórios de informática, serviço de limpeza insatisfatório, excesso de alunos em sala de aula e aumento de casos de violência contra professores.
O Tribunal de Contas solicitou que a Secretaria Municipal de Educação encaminhe um plano de ação demonstrando as providências a serem adotadas para solucionar os problemas.
A pasta informou que desenvolve um trabalho contínuo de recuperação da infraestrutura das unidades e que, desde 2009, mais de R$ 1,5 bilhão foi investido na construção e reforma de novas escolas.
A secretaria disse ainda que, do total de 1.501 unidades municipais, 81% estão climatizadas. Sobre o déficit de professores, a pasta informou que o município está em processo contínuo de contratação. Em 2016, cerca de 1.500 profissionais foram convocados, além de 200 secretários escolares e 150 Agentes de Apoio à Educação Especial.

Teto do banheiro do CIEP Doutor Joaquim Pimenta não tem proteção (Crédito: CBN)
Teto do corredor do CIEP Doutor Joaquim Pimenta está quebrado (Crédito: CBN)
Grade do entorno do CIEP Doutor Joaquim Pimenta está quebrada (Crédito: CBN)
Ventilador não tem a proteção frontal em sala de aula do CIEP Doutor Joaquim Pimenta (Crédito: CBN)


O psicoterapeuta Flávio Gikovate lista 25 maneiras de melhorar relação com nós mesmos e, consequentemente, com os outros.

Felicidade não mata

1. Preocupe-se apenas com o que depende de você

                                                    (Crédito: Photoloni / VisualHunt/ CC BY)
O principal conselho para se viver bem foi dado por Epíteto, pensador romano do início da era cristã. Segundo ele, devemos nos ocupar apenas daquilo que depende de nós. Eu acrescentaria: nos ocupar e nos preocupar.

2. A incerteza é própria da condição humana
                                                      (Crédito: Pixabay)
Convém aceitar com docilidade tudo o que não depende de nós, o que implica suportar bem a incerteza que é própria da nossa condição de humanos e mortais.

3. Aprenda a lidar com adversidades
A vida nos impõe, com certa frequência, frustrações e contrariedades. Ninguém gosta disso, porém, é preciso aprender a ser tolerante e não se revoltar quando as coisas não saem como gostaríamos.

4. Tudo é passageiro
                         (Crédito: CharlesFred / Visual Hunt / CC BY-NC-SA)
Uma forma de se livrar mais rapidamente dos momentos de dor e contrariedade é entender que tudo é passageiro. Isso nos permite ver a vida como um filme, e não uma fotografia.

5. A vaidade não é boa conselheira
                                                 (Crédito: VisualHunt)
Todos temos vaidade, esse prazer erótico de se exibir e atrair olhares de admiração ou desejo. Mas é bom ter cuidado, pois ela não é boa conselheira. Por causa da vaidade podemos fazer escolhas que sejam prejudiciais. É sempre bom decidir 'vaidade à parte'.

6. Afinidade é indispensável
                                                (Crédito: VisualHunt)
Nas escolhas amorosas, as afinidades de caráter, gostos, interesses e projetos de vida devem ser tratadas como indispensáveis. Além disso, é claro que o parceiro tem que ser atraente e 'cheio de graça'. 

7. Diferenças são fontes de atrito no cotidiano
                                                 (Crédio: VisualHunt)
Os opostos podem se atrair, especialmente no aspecto sexual. Porém, no cotidiano, as diferenças são fonte de atritos e desconfiança. A mágica da confiança é tão fundamental quanto a do amor.

8. Amigos verdadeiros são fundamentais para ser feliz
                                                 (Crédito: Pixabay)
As amizades sinceras e verdadeiras são raras. Elas implicam confiança absoluta na lealdade do amigo e no respeito por seus pontos de vista e conselhos. Segundo Epicuro, os amigos são personagens fundamentais para uma vida feliz.

9. Ouça as pessoas próximas sobre suas escolhas 
                       (Crédito: Alexandre Dulaunoy/ Visual Hunt/ CC BY-SA)
O encantamento amoroso surge, por vezes, de forma intensa e não muito racional. Antes de se comprometer de verdade, convém ouvir a opinião daqueles que seguramente querem o seu bem (pais, amigos sinceros...).

10. Aprenda a lidar com a solidão
                                    (Crédito: Bert Kaufmann/ Visual Hunt / CC BY)
Penso que existem três estados civis, por ordem de qualidade: mal casados, solteiros e bem casados. Quem aprende a viver só, lidando melhor com a sensação de desamparo, se livra de ter que tolerar um elo nocivo.

11. Não perca o prazer de aprender
                                                   (Crédito: VisualHunt)
Um aspecto que não deve ser negligenciado por quem quer viver bem consiste no cultivo dos prazeres intelectuais; vale a pena se empenhar para não perder o prazer natural que temos de aprender.

12. Dúvidas são normais
                              (Crédito: Marco Bellucci via VisualHunt.com / CC BY)
Quem gosta de aprender e mantém o cérebro 'poroso' por vezes se vê forçado a abrir mão das crenças que tinha sem ter uma nova para substituí-la. Fica diante de uma situação sem solução imediata. O legal é não ter pressa e manter um 'caderno de dúvidas'. 

13. Cobre-se empenho e não resultado
                                 (Crédito: Ben McLeod via VisualHunt.com / CC BY-NC-SA)

Ao nos dedicarmos a uma tarefa que não seja rotineira, é sempre possível que não tenhamos o sucesso desejado. Não cabem grandes decepções. Devemos nos cobrar o empenho e não o resultado (que usualmente não depende só de nós).

14. O julgamento pessoal é o mais importante
                                       (Crédito: Nejron Photo/Shutterstock.com)
O julgamento positivo que as pessoas fazem de nós incensa a vaidade. Isso é legal, mas o mais importante é o juízo que cada um faz de si mesmo, pois isso é alimento para a autoestima.

15. Não se coloque no lugar do outro
Ao tentarmos entender a ação de uma pessoa, não é boa prática nos colocarmos no lugar dela e pensar o que faríamos. Cada criatura é única e não somos padrão de referência para avaliar os outros.

16. Comparações entre as pessoas são nocivas 
                                      (Crédito: Ollyy/Shutterstock.com)
Se me comparo com alguém e o reconheço como muito superior, isso pode me provocar uma sensação dolorosa de humilhação; e ela é a matriz do que chamamos de inveja.

17. Maldade gratuita quase sempre deriva da inveja
                                     (Crédito: lightwavemedia/Shutterstock.com)

Pessoas mais imaturas, ao se sentirem por baixo na comparação, sentem uma raiva enorme e magoam a quem admiram. Os mais maduros costumam se afastar para não agredir.

18. Avalie sua evolução pessoal
                                            (Crédito: Ollyy/Shutterstock.com)
As melhores comparações são aquelas que fazemos internamente: 'eu hoje estou melhor, mais razoável, mais sereno do que há dez anos'? Quando a resposta é positiva, estamos em evolução e é isso que interessa.

19. Culpa só se justifica quando causa danos indevidos
                                           (Crédito: PathDoc/Shutterstock.com)
É preciso muito cuidado com esse sentimento, pois muitas vezes o vivenciamos por estarmos defendendo nossos legítimos direitos.

20. Ciúme não é prova de amor 
                             (Crédito: Federico Marsicano/Shutterstock.com)
Ele pode ser forte naqueles que não são bons parceiros e sentem muito medo de serem trocados por alguém mais dedicado.

21. É sempre bom estar em atividade
                                                  (Crédito: VisualHunt.com)
Nossa mente não costuma ficar bem quando estamos inativos por muito tempo. O estado depressivo que surge do ócio é o tédio. 

22. Seja uma pessoa justa
Egoístas querem receber mais que dão. Generosos gostam de dar mais que recebem, pois se sentem envaidecidos com isso. Acho que ambos estão errados, o legal é ser uma pessoa justa.

23. Aprenda a ser menos imediatista
                                                  (Crédito: spapax via Visual Hunt / CC BY-NC)
Um bom indício de maturidade emocional consiste na capacidade de abrir mão de alguns benefícios ou prazeres imediatos em favor de vantagens ainda maiores no futuro.

24. A felicidade provoca um medo enorme em todos nós
Não se surpreenda se, estando numa situação nova e de grande felicidade, você experimentar um medo ilógico, como se alguma tragédia estivesse por acontecer.

25. Administre o medo: felicidade não mata
                                                  (Crédito: Visual Hunt)
Se não nos acautelarmos, por medo de que a felicidade atraia alguma tragédia, nos afastamos daquilo que é o melhor para nós. É preciso aprender a administrar esse medo e não ceder.