segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Japão pede para que universidades cancelem cursos de humanas

Japão pede para que universidades cancelem cursos de humanas

A área de ciências sociais também será afetada. Ministro da Educação pede para que cursos 'contemplem as necessidades da sociedade'

15 SET 2015 15h24 atualizado às 15h27


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Varios cursos de ciências sociais e humanas serão cancelados no Japão após um pedido para que universidades “sirvam áreas que contemplem as necessidades da sociedade”. As informações são do site Times Higher Education .

Das 60 universidades nacionais que oferecem cursos nessas disciplinas, 26 confirmaram que irão cancelar ou reduzir essas matérias conforme o pedido do governo japonês.

A ação se deu após o ministro da Educação, Hakuban Shimomura, enviar uma carta às 86 universidades nacionais do Japão pedindo que “tomem ações para abolir organizações (de ciências sociais e humanas) ou sirvam áreas que contemplem as necessidades da sociedade”.

O decreto ministerial foi colocado pelo presidente de uma das instituições como “anti-intelectual”, enquanto as universidades de Tokyo e Kyoto, as mais prestigiadas do país, afirmaram que não irão acatar o pedido.

No entanto, 17 universidades irão parar de recrutar estudantes para cursos nas áreas de humanas e ciências sociais, incluindo direito e economia, de acordo com uma pesquisa feita pelo jornal The Yomiuri Shimbun.

Segundo o estudo, o Conselho de Ciência do Japão expressou em agosto uma “profunda preocupação com o provável impacto que a ação administrativa teria sobre o futuro das ciências sociais e da área de humanas no Japão”.

Acredita-se que o pedido seja parte dos esforços do presidente Shinzo Abe para promover o que ele chama de “vocações educacionais mais práticas que satisfaçam as necessidades da sociedade”.


Porém, a ação também pode ser conectada com a atual pressão financeira sobre as universidades japonesas, relacionada ao baixo índice de natalidade e a diminuição do número de estudantes. Esses fatores contribuem para que muitas instituições funcionem 50% abaixo de sua capacidade.

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