País tinha ficado em 58º no último levantamento do PISA, em 2012, quando 65 países participaram. Dessa vez, foram 70. Educação brasileira teve piora nas notas das três áreas avaliadas: matemática, ciências e leitura.
Por Guilherme Balza
A pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o PISA, na sigla em inglês, trouxe duas más notícias ao Brasil: em 2015 o país não só continuou mal posicionado, ocupando os últimos lugares no ranking, como teve uma pontuação pior do que em 2012 nas três áreas avaliadas: ciências, matemática e leitura.
O PISA é o principal exame internacional para avaliar a qualidade da educação. A pesquisa é organizada a cada três anos pela OCDE e dessa vez envolveu 70 países e economias.
No ranking, o Brasil ficou na 63ª posição, atrás de países como Indonésia, Jordânia, Albânia e México. Em 2012, quando 65 países participaram, o Brasil ficou em 58º lugar.
O professor da Faculdade de Educação da USP, Ocimar Munhoz Alavarse, afirma que o Brasil ampliou o acesso à educação nas últimas décadas, o que torna mais difícil manter a evolução constante dos indicadores. Ele, no entanto, classifica o resultado no exame como alarmante.
As economias asiáticas são o destaque. Das dez primeiras posições, sete são da Ásia. Cingapura lidera o ranking, seguida por Japão, Estônia, Taiwan e Finlândia.
É a primeira vez, desde que o Brasil passou a participar da prova, há 16 anos, que a nota piorou nas três áreas. Entre 2000 e 2009, o país apresentou uma leve melhora em todas as notas. Em 2012, estagnou em ciências e leitura e evoluiu em matemática.
Professora titular da Unicamp, Maria Marcia Malavasi avalia que os resultados refletem problemas como a falta de investimento na formação de professores e o baixo salário dos profissionais. Mas a educadora alerta: a melhora nos rankings não deve ser um objetivo, e sim a consequência de políticas acertadas.
A secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, reconhece que o Brasil vai mal mesmo na comparação com países latino americanos.
Maria Helena defende a implantação de uma base curricular nacional comum, o investimento na formação de professores e a reforma do ensino médio para que o Brasil melhore o desempenho.
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