quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Apesar de uso de internet em sala de aula, maioria dos professores não tem treinamento

A formação pedagógica insuficiente e a falta de infraestrutura ainda são barreiras encontradas para o uso da tecnologia em sala de aula. É o que revela uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil, divulgada em São Paulo.

Apesar de 70% dos professores da rede pública de ensino usarem a internet para atividades pedagógicas em sala de aula, menos da metade das escolas públicas brasileiras tem pontos de acesso à rede em bibliotecas ou salas de estudo.
Somente 43% delas têm equipamentos com acesso a internet para os alunos do ensino médio e fundamental. Na rede particular esse percentual salta para 60%. O resultado está em uma pesquisa divulgada hoje em São Paulo pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. O estudo levantou de que maneira a tecnologia é usada nas salas de aula e ouviu instituições de todo o país.
O estudo ainda mostrou que, tanto na rede pública como particular, os pontos de acesso à internet estão concentrados nas áreas administrativas, como salas de diretores ou coordenadores pegadagógicos. Para o gerente do comitê, Alexandre Barbosa, a pesquisa evidenciou que, mesmo nas escolas onde há acesso em sala de aula, a velocidade da banda é tão baixa que impede a realização de atividades.
Quando há rede wi-fi na sala de aula das escolas públicas, somente 6% dos alunos têm acesso a senha. No caso dos professores, 46% deles disseram que levam os próprios computadores para dar aulas. O estudo ainda mostra que os docentes, tanto da rede pública, como privada, não estão preparados para aliar tecnologia e conteúdo no ensino. Metade deles admitiu que não teve esse treinamento na faculdade.
O poder público e as próprias escolas são os menores incentivadores da atualização dos docentes. Só 21% disseram ter alguma motivação dentro da instituição onde trabalham. A maioria busca cursos por conta própria.

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