quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Especial - guia das profissões

Indústria criativa associa tecnologia, sonhos e visão


A economia criativa cresce e salva. Oficialmente, as áreas que a integram são publicidade, arquitetura, design, moda, expressões culturais, patrimônio, música, artes cênicas, editorial, audiovisual, pesquisa, biotecnologia e tecnologia da informação.
Mas a tendência é libertá-la de áreas, ampliando o conceito, como faz João Figueiredo, coordenador de economia criativa da ESPM-Rio: "É um conjunto de atividades produtivas centrais no capitalismo do século 21, capazes de gerar mais valor agregado a um produto ou serviço".
Um exemplo é a start-up Quinto Andar: começou em 2013, com dois funcionários, e chega aos 200 graças à combinação "clássica" da indústria criativa: tecnologia, criatividade e visão de negócios.
A start-up conecta proprietários e inquilinos para facilitar a locação de imóveis. Também paga o seguro-fiança. "Temos menos custos que uma imobiliária tradicional. A estrutura permite investir no que tem mais valor ao cliente", diz Gabriel Braga, 34, formado em administração.
Braga e seu sócio tiveram a ideia durante um MBA nos EUA. Ele diz que criatividade ajuda a achar soluções, mas que só planejamento faz um projeto dar certo. Por isso, é bom aliar especialização em gestão à graduação eleita.
"Faltam profissionais que transitam bem entre o mundo criativo e o de negócios", observa Gabriel Pinto.
Criatividade não pode faltar ao administrador, para dominar ferramentas novas, entender de digitalização, aplicativos "e de como isso se aplica ao marketing e às finanças", diz Renato Ferreira, coordenador do centro de carreiras da FGV.
"O administrador precisa ser criativo num sentido amplo, que se traduz na capacidade de fazer novas leituras", diz Carolina da Costa, diretora da graduação do Insper.
A colaboração se torna essencial. Os criadores da Quinto Andar sabem: quem indica um imóvel no aplicativo recebe R$ 25 de prêmio. E, se o imóvel for alugado, leva mais 10% do primeiro aluguel.
ECONOMIA CRIATIVA
ONDE ESTUDAR
Centro Universitário Belas Artes, ESPM, FGV
DURAÇÃO DO CURSO
De 3 meses a 2 anos
O QUE FAZ
Gerencia bens e pessoas de uma empresa, define metas e estratégias para obter lucro
SALÁRIO INICIAL
R$ 2.800 a R$ 3.500
PERFIL DESEJADO PELAS EMPRESAS
Conseguir aliar bons projetos às demandas do mercado e saber viabilizá-las
ONDE HÁ VAGAS
Áreas de projetos e de inovação na indústria
VISÃO DE QUEM FAZ
"Não pode ter medo de inovar, ainda que o projeto faça pouco sentido no começo. É preciso enxergar oportunidades nas mudanças de comportamento do consumidor", Gabriel Braga, 34, fundador do site de locação QuintoAndar

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