quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Especial - guia das profissões

Desenvolver jogo é carreira e também negócio


O mercado de jogos eletrônicos está superaquecido. Dados da consultoria PricewaterhouseCoopers sugerem que o faturamento da indústria de games no Brasil deve saltar de US$ 448 milhões em 2013 para US$ 844 milhões em 2018, uma taxa de crescimento de 13,5% ao ano.
Com isso, há bom espaço para os designers de games, profissionais que pensam e definem aspectos como regras do jogo, relações de interação do jogador com o sistema e desenvolvimento da interface.
"O profissional deve ainda criar a história e entender de animação, direção de arte, efeitos sonoros e 3D", diz Delmar Domingues, coordenador do curso de design de games da Anhembi Morumbi.
Os números otimistas se explicam pelo acesso mais fácil à tecnologia. "O processo de desenvolvimento de jogos eletrônicos já foi muito caro. Hoje as ferramentas estão acessíveis", diz Marcos Imaizumi, fundador da Escola Brasileira de Games.
"Agora há bons cursos para a parte técnica, mas ainda temos dificuldade de pensar no desenvolvimento de game como um negócio", analisa Carlos Estigarriba, 42. Formado em engenharia da computação, ele abriu o próprio negócio há 20 anos, passou por um estúdio internacional e hoje tem uma publicadora de jogos, onde adapta games para mercados específicos.
Saber empreender é fundamental, porque grande parte da indústria é formada por pequenas empresas, em que poucos funcionários fazem todo o processo de criação, publicação e distribuição dos jogos. "Hoje um game é distribuído gratuitamente em plataformas digitais, e o dinheiro vem por outros mecanismos, como compra de itens e venda de publicidade", diz Domingues.
Além dos jogos de entretenimento, o designer de game pode desenvolver produtos para treinamentos corporativos, publicidade, promoção de saúde e educação.
DESIGN DE GAMES
ONDE ESTUDAR
Escola Brasileira de Games, PUC-SP, UniRitter e Unisinos
DURAÇÃO DO CURSO
De 2 a 4 anos
O QUE FAZ
Cria jogos para computador, celular, tablet e videogame. Participa na produção, na venda e na distribuição
SALÁRIO INICIAL
R$ 2.000
PERFIL DESEJADO PELAS EMPRESAS
Inglês fluente e criatividade
ONDE HÁ VAGAS
Desenvolvedoras de games, agências de publicidade e de marketing digital
VISÃO DE QUEM FAZ
"É preciso ir a eventos, ter portfólio digital e pensar de maneira global", Carlos Estigarriba, 42, dono da Leela Games

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