quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Companhia pode influenciar a quantidade de álcool que você ingere

Beber ao lado de pessoas sóbrias faz você se sentir bêbado mais rápido e, como consequência, ingerir menos álcool. Estudo avaliou a percepção de embriaguez

Por Da redação  15 set 2016, 16h55 - Atualizado em 15 set 2016, 16h57

Sua sensação de embriaguez depende do comportamento de quem está no mesmo ambiente que você e não da real quantidade de álcool ingerida. De acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica BMC Public Health, as percepções de cada um quanto ao excesso de consumo de álcool, o próprio estado de embriaguez e a noção das implicações à saúde a longo prazo estão relacionadas com a comparação com os outros ao redor.
Segundo os resultados, pessoas cercadas por outros indivíduos também embriagados subestimam seu grau alcoólico e, por isso, bebem mais. Já aquelas que bebem em um ambiente onde a maioria das pessoas está sóbria, tendem a se sentir mais bêbadas. Como consequência, diminuem o consumo. O estudo constatou também que os homens tendiam a ter níveis mais elevados de álcool no sangue que as mulheres.
Ao longo de um ano, pesquisadores da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, reuniram medições dos níveis de álcool no sangue de mais de 1.800 pessoas. Além disso, eles colheram respostas de 400 indivíduos a perguntas como  “quão bêbado você está agora?”, “qual o limite de consumo de bebida nesta noite?”, “se você beber tanto quanto você bebeu nesta noite todas as semanas, qual é a probabilidade de você prejudicar a sua saúde nos próximos 15 anos?”.
Esta é a primeira vez que uma pesquisa examina a forma como as pessoas julgam a própria embriaguez e as consequências para a saúde em ambientes reais de consumo de bebidas. “Pesquisadores têm historicamente trabalhado sob a suposição de que aqueles que bebem em excesso acreditam que as outras pessoas também bebem demais. Acontece que, independentemente da quantidade ingerida, se essa pessoa notar que os outros estão mais bêbados que ela, ela se sentirá menos exposta ao risco de continuar bebendo”, disse Simon Moore, professor de pesquisa em saúde pública da Universidade de Cardiff e principal autor do estudo.

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