Marianna Holanda,
O Estado de S. Paulo
08 Setembro 2016 | 18h11
SÃO PAULO - As escolas da rede pública do Estado de São Paulo ficaram em primeiro lugar em todos os níveis do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede o desempenho dos alunos em provas de Português e Matemática, além de taxas de aprovação, reprovação e abandono.
O anúncio foi feito pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin, secretário da Educação, José Renato Nalini, na tarde desta quinta-feira, 8, no Palácio dos Bandeirantes. O índice nacional foi divulgado mais cedo pelo Ministério da Educação (MEC).
O Ideb, que é divulgado a cada dois anos, foi feito com dados coletados em 2015. Há três categorias no índice: anos iniciais (do 1º ao 5º ano do ensino fundamental) anos finais (do 6º ao 9º ano) e ensino médio. Nas três categorias, São Paulo saiu em primeiro lugar, com indicador em 6,4, 4,7 e 3,9. Nos anos finais, o Estado dividiu a primeira colocação com Santa Catarina e Goiás, e no ensino médio, com Pernambuco.
"É um estímulo pra gente fazer muito mais. O objetivo é muito maior e é muito melhor. Mas mostra que o rumo tomado é importante trazendo bons resultados", afirmou o governador.
Apesar de liderar o ranking brasileiro, São Paulo não atingiu a meta para o ensino médio, assim como os outros Estados da federação, que era de 4,3. O indicador nacional está empacado desde 2011 em 3,7.
Quando confrontado com o fato de que São Paulo não atingiu a meta no ensino médio, o secretário de Educação ressaltou que, em relação à educação que tem início nos primeiros anos, o indicador do Estado superou a meta que era prevista para 2019.
"Sempre é mais edificante olhar o copo meio cheio que o copo meio vazio. Isso não quer dizer que nós não tenhamos que aprimorar nosso sistema, investir bastante em todas aquelas estratégias que São Paulo tem é que tem funcionado há vários anos a despeito das dificuldades dos últimos anos, dificuldades políticas, financeiras e econômicas. A rede melhorou", ponderou Nalini.
O secretário também disse que, para as avaliações melhorarem, será necessário maior envolvimento da sociedade e das famílias na formação educacional. A escola, na sua avaliação, deve se tornar "um centro de convergência de todos os interesses da sociedade".
Segundo disse, a responsabilidade da formação educacional não pode ser só do Estado, que já faz sua parte, assegurando 31% do orçamento para isso.
A rede estadual de ensino de São Paulo tem uma rede 4 milhões de alunos, 400 mil pessoas na folha de pagamento e 5,3 mil escolas, de acordo com dados fornecidos pelo governador nesta quinta.
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